sexta-feira, 27 de março de 2009

A Pescaria

Há coisas que continuam com o seu valor, mesmo que muitos finjam que elas não existem. Uma delas é a ética. Você já notou que quando nós faltamos com a ética, surgem sempre muitas justificativas? "A vida infelizmente é assim mesmo." "Em certos momentos, é preciso ser firme e decidido." "Eu também gostaria de ser bom o tempo todo... mas a vida não permite.", etc. Mas quando são OS outros... Aí é que dói! Essa historinha nos fala de um incidente simples, mas que nos transmite uma Grande lição.

Pescaria mais Importante DA Minha Vida

Ele tinha onze anos e, a cada oportunidade que surgia, IA pescar no cais junto ao chalé DA família, numa ilha no meio de um lago.

A temporada de pesca só começaria no dia seguinte, mas ele e o pai saíram no fim DA tarde para pegar peixes-lua e percas, cuja pesca era liberada. O menino amarrou uma isca e começou a praticar arremessos, provocando ondulações coloridas na água. Logo as ondulações se tornaram prateadas por causa do efeito DA Lua nascendo sobre o lago.

Quando o caniço vergou, soube que havia algo enorme do outro lado DA linha. O pai olhava com admiração enquanto o garoto habilmente arrastava o peixe ao longo do cais. Finalmente, com muito cuidado, ele levantou o peixe exausto DA água. Era o maior que já tinha visto, mas era um dos peixes cuja pesca só era permitida na temporada.

O garoto e o pai olharam para o peixe, tão bonito, as guelras para trás e para a frente sob a luz DA lua. O pai acendeu um fósforo e olhou o relógio. Eram dez DA noite – faltavam duas horas para a abertura DA temporada. O pai olhou para o peixe, depois para o menino.

- Você tem de devolvê-lo, filho – ele disse.

- Mas, papai! – reclamou o menino.

- Vai aparecer outro peixe – disse o pai.

- Não tão Grande como este – choramingou o filho.

O menino olhou à Volta do lago. Não havia outros pescadores ou barcos visíveis ao luar. Olhou novamente para o pai. Mesmo sem ninguém por perto, o garoto sabia, pela clareza DA voz do pai, que a decisão não era negociável.

Devagar tirou o anzol DA boca do enorme peixe e o devolveu à água escura. A criatura movimentou rapidamente seu corpo poderoso e desapareceu. O menino desconfiou que jamais veria um peixe tão Grande como aquele.

Isso aconteceu há trinta e quatro anos. Hoje, aquele garoto é um arquiteto de sucesso. O chalé de seu pai ainda está lá, na ilha do meio do lago, e ele leva seus filhos e filhas para pescar no mesmo cais.

E estava certo. Nunca mais conseguiu pescar um peixe tão maravilhoso como o daquela noite, há tanto tempo. Mas ele sempre vê o mesmo peixe – repetidamente – todas as vezes que se depara com uma questão de ética.

A decisão de fazer a coisa certa está vívida em nossas lembranças.

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