segunda-feira, 9 de março de 2009

“EMPURRE SUA VAQUINHA”

Um sábio passeava na floresta com seu discípulo. Avistou uma casinha pobre aos pedaços. Nela moravam um casal e três filhos, todos mal vestidos, sujos, magros e aparentando subnutrição. O sábio pergunta ao pai da família: “ Como vocês sobrevivem?. Não vejo horta alguma. Não vejo plantação alguma. Não vejo animais”. O pai respondeu: - Nós temos uma vaquinha que nos da alguns litros de leite por dia. Uma parte do leite, nós tomamos. Outra trocamos na cidade vizinha por alimentos e roupas e assim vamos sobrevivendo...” O sábio agradeceu e saiu novamente pelo seu caminho. Logo em seguida, o sábio avistou uma vaquinha e ordenou seu discípulo: “Puxe aquela vaquinha até o precipício e a empurre precipício abaixo”. Mesmo sem compreender a ordem, o discípulo cumpriu, empurrou a vaquinha no precipício. E ficou pensando na maldade do sábio em mandar matar a única fonte de subsistência daquela família. Aquilo não saiu da cabeça do discípulo por muitos anos. Alguns anos depois, passando pela mesma região, o discípulo lembrou-se da família e do episódio da vaquinha. Resolveu voltar àquela casinha e, surpresa, no lugar pobre da casinha uma bela casa. Um pomar ao redor, várias cabeças de gado, trator novo. Na porta da casa avistou o mesmo pai, agora bem vestido, limpo e saudável. Logo apareceu a mulher e os três filhos, todos bonitos e aparentando saúde e felicidade. Quando o discípulo perguntou a razão de tanta mudança nesses últimos anos, o pai da família respondeu: sem a vaquinha a gente teve que se virar e fazer outras coisas que nunca tinha feito. Começamos a plantar, criar animais, usar nossa cabeça para sobreviver e daí a gente viu que era capaz de fazer coisas que nunca havia tentado fazer. Sem a vaquinha a gente foi à luta e a gente só tinha essa alternativa. “Lutar para vencer”- todos nós temos uma vaquinha que nos dá algo para sobreviver e conviver com a rotina. Vamos descobrir qual é a nossa vaquinha quem sabe aproveitar este momento de crise para empurrá-la morro abaixo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pelo comentário